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  • Foto do escritorBruna Diniz

A arte da não conformidade, de Chris Guillebeau

Segundo os meus planos, hoje seria dia de café. Acontece que eu ando tentando quebrar padrões. Sabe, todos eles. A gente sempre faz as mesmas coisas, vamos aos mesmos restaurantes e comemos os mesmos pratos, vamos nos mesmos lugares, fazemos o mesmo caminho de volta pra casa. E a criatividade, onde fica? Nosso eu criativo grita, mas nem sempre ouvimos.


Outro dia comecei a escrever no Medium. Experimentei uma bebida nova no Starbucks, o doce de leite latte – só indico para quem gosta de muito, muito, muito doce. Tenho mudado minha rotina, minhas tarefas, minhas atividades. Ao invés de rolar a timeline do Facebook, leio um livro. Ao invés de ficar estressada e tentando escrever algo que não vai sair, jogo para espairecer as ideias. Ao invés de me forçar, tento ser mais leve comigo mesma.


O que não dá, ao menos para mim, é me conformar. É difícil se manter criativo e em movimento, sim. É difícil não se deixar levar por tamanha poluição de informação que recebemos, sim. Mas é preciso estar aberto pro novo, é preciso abrir os olhos e ver o que queremos, é preciso acordar e caminhar pela trilha que nos leva aos nossos objetivos, é preciso remar contra a maré da vida para não se deixar levar. Não se conformar com a vida depende de cada um de nós. Se para o outro levar a vida só por levar está OK, tudo bem, mas e para você? Tudo bem ser levado pela vida?


A arte da não conformidade, de Chris Guillebeau

O livro A Arte da não conformidade, de Chris Guillebeau, publicado pela Editora Saraiva, é uma bela sacudida para as pessoas fora da curva, os convencionais não vão gostar muito. O Chris mostra como as coisas acontecem conforme a gente acredita nelas. Ele conta um pouco de como largou tudo para fazer o que fazia sentido para ele. Além, é claro, de contar histórias de algumas outras pessoas, citar estratégias para não ficarmos estagnados e seguirmos o caminho do que realmente queremos, tomarmos nossas próprias decisões e, principalmente, vivermos a vida.


O Chris começa o livro de uma forma que já te chacoalha e te pergunta: você quer mesmo seguir sua vida?

Quando você era criança e queria fazer algo que seus pais ou professores não aprovavam, pode ter ouvido a pergunta: “Se todo mundo pulasse em um abismo, você pularia também?” […] Mas, um dia, você cresce e, de repente, tudo muda. As pessoas começam a esperar que você se comporte como elas. Se você discordar e não atender às expectativas, algumas pessoas ficam confusas ou irritadas. É quase como se elas perguntassem: “Ei, todo mundo está pulando no abismo. Por que você não pula também?” – Chris Guillebeau, A arte da não conformidade

Se você gosta do padrão, gosta de como as coisas são onde vive, gosta do seu trabalho das 9h às 18h no seu cubículo, gosta das coisas como manda a etiqueta, gosta do resultado que sua vida está tendo, talvez esse não seja o melhor livro para você – inclusive o Chris deixa isso claro logo de cara. Agora se você sai questionando tudo, questiona o sentido da vida, do universo e tudo o mais* , questiona como tem gente que consegue viver do que ama e você aí parado, bom, nesse caso eu te recomendo fortemente a leitura.


O meu exemplar está abarrotado de post-its, como podem ver na foto, para eu me lembrar o que foi importante no momento que li. Sabe, aquelas coisas que tocaram o coração e fizeram todo o sentido? Pois é. Ainda acredito que se eu der mais uma lida consigo absorver mais alguns detalhes. :)


A gente não se dá conta, mas a vida é cheia de escolhas e seguimos no caminho que escolhemos. Pode ser o caminho fácil, o caminho difícil, o caminho que achamos ser fácil mas não vai nos levar para onde queremos, pode ser o caminho que for, mas depende de você dar sentido ao seu caminho.


*O sentido da vida, do universo e tudo mais, referência do Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams.

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